domingo, 14 de dezembro de 2008

Friedrich Nietzsche


"Há sempre alguma loucura no amor.

Mas há sempre um pouco de razão na loucura."

DUQUE...MEU ROT ...QUERIDO


Eu me lembro da primeira vez em que te vi.

Você estava com medo do mundo, o mundo era muito grande e frio.

Eu te estendi minha mão e você a beijou.

Eu te pedi para vir comigo e ver o mundo.

E só porque eu te pedi, você veio.

Eu me lembro daquele dia.

VOCÊ ME ENSINOU A ACREDITAR.


Eu lembro de você como um filhote, rodeado de brinquedos, colocados lá somente para você.

Eu ria enquanto você balançava tua cabeça e latia para mim, me convidando a brincar.

Você pegava meu sapato e fugia, só para eu te perseguir até você me devolver.

Eu me lembro daquele dia.

VOCÊ ME ENSINOU A BRINCAR.


Eu lembro de você como um cão, grande e forte.

Eu via você me saudar do com teu rabo abanando, e olhos atenciosos.

Eu sorria e me sentia segura.

Eu sabia que você sempre ficaria ao meu lado.

Eu me lembro daquele dia.

VOCÊ ME ENSINOU O QUE É FIDELIDADE.


Eu me lembro de você , rodeado pelos outros amigos seus.

Eu ria enquanto você faria caretas, quando um de teus amigos te mordia e tentava fazer-te brincar.

Eu vi você com esforço , correndo para lá e para cá.

Eu me lembro daquele dia.

VOCÊ ME ENSINOU A TER PACIÊNCIA.


Eu lembro de você tempos depois, cansado e desgastado.

Eu gostaria de te pegar, te abraçar e chorar.

Você me olhava com aqueles olhos marrom claros.

E quando a tua alma falou com a minha, você deixou este mundo grande e frio.

Então, eu murmurei "Adeus".

E mesmo neste momento , quando meus olhos queimavam em lágrimas, você me ensinou uma outra lição.

Eu sempre lembrarei daquele dia.

VOCÊ ME ENSINOU A AMAR.


Eu me lembro , daquele dia , daquele dia tão triste
Debaixo daquela quaresmeira
Que agente gostava tanto de ficar
Para fugir do calor !
É lá que até hoje , voce está morando
Debaixo de um canteiro de "amor perfeito"

Que eu plantei para você ,
Então voce me ensinou uma última lição
VOCE ME ENSINOU A SENTIR SAUDADES!

Florbella Espanca


CONTO DE FADAS


Eu trago-te nas mãos o esquecimento

Das horas más que tens vivido, Amor!

E para as tuas chagas o ungüento

Com que sarei a minha própria dor.


Os meus gestos são ondas de Sorrento...

Trago no nome as letras de uma flor...

Foi dos meus olhos garços que um pintor

Tirou a luz para pintar o vento...


Dou-te o que tenho: o astro que dormita,

O manto dos crepúsculos da tarde,

O sol que é d'oiro, a onda que palpita.


Dou-te comigo o mundo que Deus fez!

- Eu sou Aquela de quem tens saudade,

A Princesa do conto: “Era uma vez...